quarta-feira, 20 de outubro de 2010
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Claro que o nosso espetaculo esta no FACEBOOK.
Vc pode interagir com as irmas Betty Blue e Rose Blue e trocar diversas mensagens, elas sao muito simpaticas e acessiveis.
Alem disso, voce tambem pode morrer de rir pedindo uma DICA DE ROSE BLUE
Participe tambem do QUIZZ: Quem e você em O que tera Acontecido a Rosemary?
Divirta-se!
A Tribuna do Leitor - Outubro 2010
Critica Jornal A Tribuna 11/09/2010

Artigo
De Julinho Bittencourt ( Jornal ATribuna – Santos 11 de setembro de
2010)
Houve um tempo, não muito distante, em que assistíamos a filmes
nacionais munidos de toda a nossa indulgência. O mesmo vinha
acontecendo, em muitos casos, com o teatro santista. Como que por
encanto, parece que os dois têm ressuscitado com louvores. Um ótimo
exemplo, que mais do que dignifica a terra de Plínio Marcos, Ney
Latorraca, Beth Mendes, Alexandre Borges, Alessandra Negrini e muitos
outros, está em cartaz no foyer do Teatro Municipal e atende pelo nome
de O Que Terá Acontecido a Rosemary?
Trata-se de uma montagem heróica em vários sentidos. Com pequenos
apoiadores, pouquíssimos recursos e muita raça, o grupo consegue um
espetáculo de gente grande. Não se trata de nada tosco, improvisado ou
mal feito, mas sim de soluções simples e criativas, ousadas e de baixo
custo que funcionam muito bem. O palco do Municipal, por exemplo,
está em reforma, o que levou o grupo a organizar uma sala de espetáculos
no foyer do Centro de Cultura, no segundo andar. O resultado é um local
pequeno, aconchegante e bem decorado, envolto em tecidos e várias
peças de decoração que indicam os signos claros da trama e dos seus
personagens. O resultado leva a peça para muito perto do espectador, o
que é um ponto extremamente positivo no desenrolar do espetáculo.
Desde o início a platéia é instada a participar, sem causar nenhuma
espécie de constrangimento ao espectador. A metalinguagem e a quebra
da quarta parede são usadas e abusadas do começo ao fim.Tudo no
espetáculo se mistura, desafiando o que é nitidamente falso como
rascunho da realidade. E é assim, transformando o que havia contra em
pontos a favor, que o diretor André Leahum e os atores Luiz Fernando
Almeida,Júnior Brassalotti e Kadú Veríssimo, este também autor do
divertidíssimo e iluminado texto, conseguem muito mais do que boa
diversão. Em pouco mais de uma hora de uma ótima atuação, farsesca e
repleta de improvisos, uma direção ousada e frenética, um texto ágil e
inteligente, repleto de clichês assumidos, referências ao cinema, às
chanchadas e às novelas de TV, a platéia morre de rir e se apaixona
perdidamente pelas excentricidades, maneirismos e exageros dos
personagens que se multiplicam entre os atores.
Brassalotti vive Betty Blue, a estrela histriônica pra lá de
malvada.Seu papel fica no centro da trama. Tudo passa pelo seu
personagem,que ele sustenta coma dignidade da estrela
decadente e inescrupulosa. O tempo que ele imprime,
alternando pequenas interjeições com gestos grandiosos é
impagável. Seu contraponto é a irmã, Rosy Blue, atriz frustrada
e invejosa encarnada por Kadu Veríssimo também de forma
magnífica. Suas entradas são misteriosas, cercadas de
expectativa que ele sustenta e desaba todo momento, alternando
de maneira frenética concentração e improviso, riso e drama.
Em torno dos dois, preenchendo todos os espaços possíveis e
imaginários,o ator Luiz Fernando Almeida se desdobra em
vários papéis. Com muito talento, eleva a temperatura a cada
entrada, alternando pequenos detalhes faciais e de gesto que
definem para a plateia qual é qual de seus personagens de
forma instantânea. A trilha,compila da por Níveo Mota, é um
caso à parte que acompanha o público desde a sala de espera.
Pérolas do cancioneiro popular, de Vicente Celestino a Cláudia
Barroso, passando por temas de Hollywood dão o clima exato
de chanchada. Outro detalhe a se destacar são os figurinos,estes
assinados pelo próprio Kadu. A cada entrada dos extravagantes
modelitos, a plateia reage com uós e uhs incontroláveis,
acentuados pela maquiagem pra lá de derramada de Fernando
Pompeu. No final das contas, o que se imaginava apenas mais
um espetáculo besteirol, o que também assumidamente é, se
mostra um teatro inteligente e repleto de signos. Com isso,
André Leahum,tal e qual um maestro, conduz atores e plateia
numa sinfonia de inúmeras e divertidíssimas referências que
encantaram o mundo no último século. Referências estas que
sobrevivem e se projetam para o futuro no seu belo espetáculo.
A PEÇA FICA EM CARTAZ ATÉ DIA 26, AOS SÁBADOS E
DOMINGOS, ÀS 21 HORAS, NO TEATRO MUNICIPAL.
INGRESSOS A R$10,00 E R$ 20,00.
Artigo
De Julinho Bittencourt ( Jornal ATribuna – Santos 11 de
setembro de 2010)
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